terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

domingo, 20 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

domingo, 13 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

domingo, 12 de dezembro de 2010

Qual praia é possível nessa estação?

Gostaria de ter conseguido postar aqui a foto que vi, do retorno do movimento Praia da Estação.
Como não me foi possível vou tentar descrevê-la brevemente. Principalmente a estranheza de ver tantas grades, tantos obstáculos entre o povo e uma praça que foi projetada para abraçar eventos populares. Tive uma impressão de opressão. Todos em traje de banho entre muros e grades...Tinha mais cara de praia na prisão do que na estação.
Lembro a medida da prefeitura de BH de gradear todas as praças, esses lugares projetados há pouco tempo. Não dá pra usar o argumento de que nesse século, existem mais vândalos. Nada disso. Independente de qualquer outra observação ou realidade, a ordem é gradear. proibir, prender, limpar. tem que ficar tudo limpinho, asséptico, muros brancos e povo mudo pra agradar os estrangeiros que virão pra Copa em 2014. Temos que ser uma vitrinizinha ridícula de uma realidade que é falsa. Há poucos dias o Ice Band, que tem a Hip Hop Educação para a Vida foi agredido covardemente. ele, um deficiente, ex egresso e hoje, conciliador de conflitos no cafezal. Depois, um rapaz é espancado depois de um vale tudo. Os piores de belô continuam presos por formação de quadrilha.
Estive quarta, quinta, sexta e sábado na Feira música Brasil. No dia, inclusive, em que a voz da Elza Soares foi cortada. E tava tudo lindo, histórico: Otto, Lirinha (ex Cordel do Fogo Encantado), Bebel Gilberto e ao final, Elza. Uma Sra., uma figura da música brasileira. Foi uma vergonha. Depois disso, vaias. Alguém pôs toda a culpa no Lacerda. Pelo menos dessa vez, a produção divide a carapuça com nosso protótipo de nazista. Quanta falta de educação e do mínimo de tato!!!!Depois de ir ao lapa, ouvir o 3 na Massa, fico sabendo que uma pessoa foi posta pra fora da Funarte na base de pancada e chute.E que tinha juiz na porta, com desembargador e carro de polícia por lá pra acabar o evento. Claro, tem lei do meio ambiente, que tem que ser cumpri da. Com os apitos pondo todos pra fora, o que deve ter havido foi a impaciência da guarda positivista da cidade: "se não sai, se atrasa, toma pancada e chute".
Concluo que essa onda autoritária e arbitrária que atravessamos gera a exposição embrutecida do que se tem de pior: a agressividade, o racismo, o ódio, a indignação. Força bruta da mesma intensidade que a lei que tenta restringir o território da cidade a quem é seu dono, por direito.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Desobediência

As russas são terminantemente contra o fascismo que acomete BH.

Sob a administração do atual prefeito, somos todos os Piores de Belô.

Para lavar a roupa suja em casa:

http://nohprojetos.blogspot.com/2010/11/desobedece-comigo.html

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

As russas, a pixação, os piores de belô

Com certeza, a cidade se ressente do ato do pixo. Ato por vezes ilegível, lança quem o faz ao risco e, pelo menos a princípio e pela lei, à consequência de uma contravenção. Não compactuamos e nem fazemos apologia ao pixo. No entanto, expressamos a indignação a respeito do fato de que pixadores estão no presídio, presos por formação de quadrilha, na surdina e com argumentos ditatoriais.
Testemunhamos, a cada dia, um certo tom autoritário, extremamente proibitivo e em prol do desenvolvimento, da expansão imobiliária em Belo Horizonte. A tentativa de venda, de lucro, de privatização leva embora praças, locais para escolas e hospitais. Isso também é desrespeitoso com o patrimônio material e democrático da cidade.
A pixação se refere a questões sociais difíceis, mas ousadas, nutridas da marginalidade à qual é jogada, num ciclo sem fim e pouco profícuo para todos. O pixo nos aponta as mazelas da educação no país, o apelo ao mito da visibilidade como sucesso social. Curiosamente, por vezes, o pixo não dá a ver sua mensagem, mas imprime seu ato, seu texto possível, sua marca territorial. Bem, é algo, inclusive, bem atual na cidade a questão do direito à moradia. O pixo provoca a cidade, debate a questão da propriedade e do limite.
Algo a ser pensado, equacionado entre limite, punição (não sabemos qual seria a melhor maneira) e educação e prevenção. O Ceresp parece um tiro de canhão sobre moscas. É muito. Reforça a desigualdade de forma arbitrária e contrária aos Direitos Humanos.
O mais importante: discutir, refletir e tentar contribuir para as soluções que possam vir.
Um detalhe curioso: em BH, por vezes sentimos claramente que somos todos os piores de belô. Afinal, todos somos estruturados em torno de algo que será sempre fora-da-lei. E aqui, muitas vezes, estamos encarcerados nas praças, espremidos numa cidade em que a cultura precisa gritar para sobreviver.
Talvez seja possível construir alternativas aos presídios, assim como foi possível construir alternativas aos manicômios.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Carta de José Celso Martinez!

CARTA EM QUE ZÉ CELSO COMENTA A DIFICULDADE PARA EXIBIR AS DIONISÍACAS EM BH.

Ió! Tiago,

tive um insight agora quase dormindo. Estou no .AltoChão. uma praia em Santarém, onde desci do barco, para seguir depois de amanhã para Manaus. Aqui pude ter acesso por um modem ao seu email e às respostas da Tatiana.

Saquei que a Thaís e as autoridades locais não aceitam o Teatro de Estádio em Praças Públicas, onde se misture toda a cidade. Temem ser acusados de mostrar ao público em Praça Pública os Tabús transmutados em Tótem. Temem que os eleitores os repudiem por estar permitindo a .pouca vergonha. na Praça Pública.

É a velha historia dos que querem pastorear o povo e transformá-lo em rebanho: .O Povo não está preparado para as coisas que mostra o Teatro Oficina para 2.000 pessoas, degraça!.. Mas como diz Oswald de Andrade no HOMEM E O CAVALO: .Pra trepar e pra comer todos nascemos preparados..

É justamente o que o Ministro Juca Ferreira e sua equipe querem, e independe um pouco da falta de cultura e do medo que os poderes locais possam ter.

O Teatro Oficina, como o grego, é dirigido à Cidade, não a um público .entendido., .culto., de .classe.. É também para estes mas somente bate se for para todos, se vira Arte Pública. Os temores que tivemos para chegar ao povo de Canudos repetem-se. O fato de vocês se intimidarem e proporem um orçamento que sabem impossível para o nosso convênio com o MINC demonstra um recuo, um desejo de não arriscarem-se neste embate político. Parece mesmo que vocês não querem que apareçamos em BH com esta liberdade, que não querem se expor nesta luta necessária e maravilhosa, além de divertida e gostosa.

Nesta atitude sinto compactuação com o Poder da Tradicional Oligarquia da Velhíssima Família Mineira em querer responsabilizar-se por enfrentar esta obra de Arte da Liberdade de todos: de pobres e ricos serem livres para o Amor, para a liberdade, para atuar no que desejarem.

Nossa busca atingirá a glória do Teatro Grego se como eles tivermos coragem de abrir nossos abcessos fechados em Praça Pública. É uma questão de ÉTICA DA ESTÉTICA e da SOFISTICAÇÃO CULTURAL. O Povo não merece o Politicamente e hipócrita correto dos Teatros doutrinários de ONG.

Em Manaus aconteceu a mesma coisa, acabaram nos colocando no SESC, num bairro popular, mas não é um espaço público da cidade, mas do SESC. Em Brasília ocupamos a Praça dos Ministérios e tínhamos ao fundo da cena a Praça dos Três Poderes. Em Peixinhos, entre Olinda e Belém, fizemos as DIONISÍACAS num Centro Cultural da Prefeitura, quer dizer, do poder público. Foi um GOL !!!! No Pará fizemos na Praça da Bandeira, e todo poder político, estadual, etc. colaborou conosco. Foi uma atitude culturalmente extraordinária da governadora Ana Júlia. Mas na Bahia fizemos numa Escola de Dança para um peublico entediado da classe artística e cultural local, portanto, não foi um espetáculo de Teat®o de extádio público.

Muito grato por essa luz, queremos mesmo como Oswald de Andrade, a ÁGORA, o Poeta expondo seus abcessos na Praça Pública. Só assim atingiremos a glória de dar ao Brasil o Teat®o Brazyleiro, no patamar que o crescimento econômico e social do Brasil nos exige.

Enquanto as Tias da Oligarquia, à esquerda ou à direita, quiserem cercear o Poder do Teatro, que traz Poder e Phoder transhumanos para todos, em vez de recuarmos temos o direito e o dever de avançar na luta com felicidade guerreira pelo que desde Castro Alves acreditamos: .A Praça é do Povo como o Céu é do Condor..

Se não conseguirmos vencer esta barreira vamos fazer talvez em Brumadinho, ou em Ouro Preto. Que acha Angelo Oswaldo? Que acha disto tudo Priscila? Eu acho um assasinato cultural, em pleno ano de eleições, em 2010, o povo de BH não ter direito à grande Arte, .ao fino biscoito que fabricamos., e só ser chamado para comícios de Photoshop, onde ele aliás não comparece, não aceita ficar naquele cercado.

Queremos vocês conosco, sem pé atrás.

Ah! Tenho muita curiosidade de saber do conteúdo dos percalços que causamos.

Todo Amor, desejo de uma luta comum justa, libertária, de derrubar as novas Bastilhas. Liberdade ainda que tardia. Minas não pode estar aquém da luta dos Árcades da Inconfidência.

É uma questão Política de Ética Estética, além do politicamente correto e do velhíssimo exercício do poder contra a reunião das multidões de todas as classes se encontarem.

O q pode acontecer? Somente apaixonarmos todos que amam a vida, como tem acontecido pelo Brasil todo. O Povo e as classes da elite cultural e econômica, têm o direito de gozar juntos como os Gregos e os Reis Elizabetanos gozavam.

Outubro nas eleições será o que será mas não podemos temer a Liberdade da Cultura, o Poder do Anarquista Coroado, de nossa loucura libertada, de todos: burgueses e não burgueses. O Teatro de Estádio é o lugar único dos compartimentos sociais se reencontrarem no que tem de comum, mamíferos, mortais, essa sensação é o que o grande Teatro em todas Grandes Épocas da Humanidade puderam dar ao Público.

A Política, como é praticada é o lugar do cálculo, do marketing, do medo. O Teatro é o oposto, é o lugar onde podemos nos comunicar na Poesia, na Viagem nos nossos Subterrâneos que vindos à tona trazem nossa força, vinda de nossas Minas interiores.

Todo meu Amor a Minas, não solidária somente no Câncer, mas na Solidariedade dos desejos mais perversos e ocultos que fazem nossa grandeza humana

VIVA A MINA DO POVO DE MINAS

MERDA




segunda-feira, 30 de agosto de 2010

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

terça-feira, 17 de agosto de 2010

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Cripta

O Cineclube D.A. da Escola de Belas Artes convida para o filme *PIXO*,
documentário de João Wainer e Roberto Oliveira

A pixação está presente em todas as grandes capitais do Brasil e por mais que sejam muitas as especulações que se façam a seu respeito, elas em geral nos dão mais perguntas que respostas. Neste contexto, São Paulo enquanto a grande metrópole brasileira, parece emblemática ao mostrar a ineficácia da civilização em lidar com estes registros.
A pixação paulista se prolifera de forma estonteante - até mesmo para uma cidade acostumada ao consumo e descarte imediatos como rotina -, desafia a autoridade instituída e cria um"código fechado", hermético à linguagem do consumo - que parece ser então a linguagem das cidades.
O filme PIXO trata da questão a partir de dentro, buscando com os próprios pixadores os questionamentos que justifiquem suas ações, que façam compreender a lógica de sua rica tipografia marginal. Com imagens e depoimentos reveladores os protagonistas desta vertente ainda transgressora da chamada* street art *dizem a que veio - e pelo visto são muito mais complexos que o senso comum gosta de acreditar.

Contaremos ainda com a presença do ex-pixador *Djan*, da família CRIPTA, que participará de um bate-papo depois do filme.

*Quinta-feira, 12 de Agosto às 19 horas
Local: D.A. da Escola de Belas Artes, UFMG
Entrada gratuita*

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ignorância e controle

Mais uma vez, ainda a mesma coisa. Faz um bom tempo, enfatizamos a criminalização da pixação na cidade. Claro, e infelizmente, que não será feita distinção alguma entre quem pixa e quem grafita. (Não estou fazendo uma defesa da prisão de quem pixa, e não sei o que deve ser feito a esse respeito....) A fim de pensar nessas coisas, queria mencionar a questão da invisibilidade. Também um outro ponto que é o desenvolvimento de uma assinatura, de uma forma nova de dizer "eu". Para tantos escritores, teóricos, artistas, esse foi um aspecto essencial.
Desde que a atual administração de BH começou, curiosamente, tantas coisas me fazem lembrar da estética nazista. Curioso que, pra verticalizar, vender, demolir e render muita grana, toda a administração se dispõe. Prédios em lugar de casas, até tombadas. Vejamos onde isso para.
A versão de ataque ao patrimônio me intriga... Me intriga mais ainda um grafiteiro cujo trabalho adoro, que grafita o transitório, o arruinado, o lixo... Que farão com vc e com seu trabalho?! Vc, que, por si, representa uma incógnita.
Mais uma questão: as referências estão em crise, perdidas. Mas o controle excessivo, a assepsia, configuram uma solução para isso?
A assinatura de cada um, uma referência cada vez mais custosa, pelo visto. A discutir? Não por muita gente.
Não quero a assepsia da cidade. Cansou toda essa caretice e vontade de domínio.
Nessas horas, sinto falta dos centros das cidades do Nordeste. Abandono que abriga a expressão. Uma fresta sem domínio (que é como o pharmakon, com faces de remédio e veneno), sem controle, sem metas nazistas.
Um Banquete à la José Celso pra esse povo careta! Ai, ai! Bom dia!

domingo, 8 de agosto de 2010

sábado, 17 de abril de 2010

Deixa o menino brincar!

Finalmente o Duelo de MC´s, evento proporcionado pela Família de Rua, recebe o devido apoio.
Fácil lembrar do "Fim de Semana no Parque":


"Chegou fim de semana todos querem diversão
Só alegria, nós estamos no verão,
mês de Janeiro, São Paulo, Zona Sul.
Todo mundo à vontade, calor, céu azul

Eu quero aproveitar o sol
Encontrar os camaradadas prum basquetebol
Não pegar nada
Estou à 1 hora da minha quebrada
Logo mais, quero ver todos em paz
Um, doi,s três carros na calçada
Feliz e agitada toda "prayboyzada"
As garagens abertas eles lavam os carros
Desperdiçam a água, eles fazem a festa
Vários estilos vagabundas, motocicletas
Coroa rico boca aberta, isca predileta
De verde florescente queimada sorridente
A mesma vaca loura circulando como sempre
Roda a banca dos playboys do Guarujá
Muitos manos se esquecem mas na minha não cresce
sou assim e estou legal, até me leve a mal
malicioso e realista, sou eu, Mano Brown.

Me dê 4 bons motivos pra não ser!
Olha meu povo nas favelas e vai perceber! Daqui eu vejo uma caranga do ano. Toda equipada e o
tiozinho guiando. Com seus filhos ao lado, estão indo ao parque, Eufóricos, brinquedos eletrônicos
Automaticamente, eu imagino, a molecada lá da área como é que tá. Provalvelmente, correndo pra lá e
pra cá: Jogando bola, descalços, nas ruas de terra. É, brincam do jeito que dá. Gritando palavrão, é o
jeito deles. Eles não tem video-game, às vezes nem televisão. Mas todos eles tem um bom São Cosme
São Damião-A única proteção. No último natal papai Noel escondeu um brinquedo Prateado, brilhava
no meio do mato. Um menininho de 10 anos achou o presente, Era de ferro com 12 balas no pente: o
fim de ano foi melhor pra muita gente. Eles também gostariam de ter bicicleta, De ver seu pai fazendo
cooper, tipo atleta. Gostam de ir ao parque e se divertir e que alguém os ensinasse a dirigir. Mas eles
só querem paz e mesmo assim é um sonho. Fim de semana do Parque Sto. Antônio.

"Vamos passear no Parque"
"Deixa o menino brincar"
Fim de Semana no parque
"Vou rezar pra esse domingo não chover"...

Olha só aquele clube que da hora. Olha aquela
quadra, olha aquele campo, Olha!Olha quanta gente! Tem sorveteria, cinema, piscina quente! Olha
quanto boy, olha quanta mina! (Afoga essa vaca dentro da piscina) Tem corrida de kart, dá pra ver, é
igualzinho o que eu ví ontem na TV. Olha só aquele clube, que da hora. Olha o pretinho vendo tudo do
lado de fora! nem se lembra do dinheiro que tem que levar Pro seu pai bem louco gritando dentro do
bar, nem se lembra de ontem, do futuro, ele apenas sonha através do muro...Milhares de casas
amontoadas ruas de terra: esse é o morro, a minha área me espera. Gritaria na feira: (vamos chegando
!) Pode crer, eu gosto disso, mais calor humano.
Na periferia a alegria é igual, é quase meio di,a a
alegria é geral.
É lá que moram meus irmãos, meus amigos, E a maioria por aqui se parece comigo.
E eu
também sou bam bam bam e o que manda.
O pessoal, desde às 10 da manhã, está no samba "Preste
atenção no repique, atenção no acorde (...)"

A número 1 em baixa-renda da cidade, Comunidade Zona Sul é dignidade.
Tem um corpo no escadão, a tiazinha desse o morro. Polícia, a morte. Polícia, socorro!
Aqui não vejo nenhum clube poliesportivo
Pra molecada frequentar, nenhum incentivo
O investimento no lazer é muito escasso
O centro comunitário é um fracasso
Mas aí, se quiser se destruir está no lugar certo
Tem bebida e cocaína sempre por perto
A cada esquina, 100, 200 metros
Nem sempre é bom ser esperto.
Schimth, Taurus, Rossi, Dreyer ou Campari:
Pronúncia agradável, estrago inevitável.
Nomes estrangeiros que estão no nosso morro pra
matar... e M.E.R.D.A.
Como se fosse hoje, ainda me lembro
7 horas, sábado, 4 de Dezembro
Uma bala, uma moto com 2 imbecis
Mataram nosso mano que fazia o morro mais feliz
E, indiretamente, ainda faz,
mano Rogério, esteja em paz
Vigiando lá de cima
A molecada do Parque Regina


Tô cansado dessa porra
de toda essa bobagem
Alcolismo,vingança treta malandragem
Mãe angustiada, filho problemático
Famílias destruídas
fins de semana trágicos
O sistema quer isso,
a molecada tem que aprender!
Fim de semana no Parque Ipê
(...)"

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Salve a Noite do Griot

Nesses tempos de indignação pelos maus tratos à cultura em BH, venho fazer jus e parabenizar a quem julgo merecedor.
Mando meu salve à Casa África e à iniciativa da Noite do Griot. Pelo que consegui saber, o Griot refere-se a um ritual africano de transmissão da tradição oral.
Estive ontem no Teatro Alterosa para ver os Racionais, na formação chamada Família Racionais, com o Dj Cia (que trabalhou com o rapper sabotage e foi dj do RZO - grupo de rap paulista). Vale ressaltar que ainda vem por aí o Marku Ribas, entre outros, para mais noites do Griot.
Está certo, o Brown tem lá seus traços de rapaz comum. E também, traços de quem, apesar de condições aparentemente adversas, está ligado nas questões sociais, raciais, econômicas e banais. Seu "corre" fez nome, lugar, discurso. Contraditório, por vezes vulgar, furado, falho. "Malicioso e realista", Brown tenta driblar uma idolatria cega, uma escuta sem crítica do que fala.
Consegui fazer contato e, em breve, espero contribuir pra que ele fale aos menores que cumprem medidas sócio educativas em BH.
Foi fácil, divertido. Ele gostou da causa, claro.
Sobre os motivos que me levam a isso, são muitos, mas indico como referência dois textos de Maria Rita Kehl - "a fratria órfã" e "a função civilizatória dos racionais mc's".
Soube também que esão acontecendo discussões pra que o duelo de mc's se sustente. Informem-se e ajudem a Família de Rua a prosseguir com a sexta de hip hop em baixo do Viaduto de Santa Tereza. Toda tradição precisa ser cultivada!

sexta-feira, 26 de março de 2010

um protesto

Protesto contra a arbitrariedade da administração municipal de Belo Horizonte em relação à cultura.Protesto contra o veto a eventos na Praça da estação, sem nenhuma discussão prévia com a população, sem nenhuma tentativa de estabelecer regras para os eventos antes de, simplesmente, proibir. protesto contra o cancelamento do FIT.
Acredito na cultura como forma de expressão, de elaboração de novos posicionamentos para os sujeitos, para os cidadãos.
Em Pernambuco, as tradições folclóricas, culturais do Estado são ensinadas e cultivadas desde a Escola. No momento mais difícil da economia, de maior violência, apelou-se para o que poderia ser incentivado na cultura, na produção artística. Muitíssimo melhor do que aqui.
Aqui, parece não se dar valor algum ao trabalho dos artistas, à discussào com os envolvidos e os interessados. Vide as dificuldades enfrentadas pelas manifestações de rua. Vide o pouco apoio dado ao Duelo de Mc's e ao Quarteirão do Soul, pelo qual também me indigno.

Que vergonha!Que pena!

quinta-feira, 18 de março de 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

domingo, 28 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

domingo, 31 de janeiro de 2010

Uma tarde sobre os grafites



Hoje foi um dia de muitas fotos, de muitos grafites. Ao fim de todas e da maioria de alguns, a impressão de uma visita a um tipo de museu: museu de arte urbana, onde os corpos interferem nos desenhos, que interferem no cotidiano, no corpo, nos olhos de quem vê, de quem passa por eles, de quem convive com esses painéis.
Alguns, surpresa, interferem no grafite com sua pichação, sua tentativa de assinatura.
Uma discussão emergiu acerca da atitude de criminalizar a pichação: Seria mesmo bacana interferir dessa forma nas expressões da cidade? São todas da mesma natureza? merecem o mesmo lugar?
Não me venham tratar os grafiteiros, artistas dos muros, das quinas, das passagens urbanas como marginais. Pensem nas formas torpes que se é preciso buscar para não ser invisível. Cada um busca uma assinatura no mundo, um lugar, uma identidade.
Será possível essa cegueira diante do lúdico?
Não tirem os grafites das minhas vistas. Sentirei falta das passadas de carro ou de ônibus por desenhos, assinaturas intrigantes e muito impressionantes.
BH não pode nem deve primar pelo punho de ferro. Temos problemas maiores que expressões criativas, decorrentes talvez, da vida na urbes.
Deixem os grafiteiros em paz! Deixemos que eles trabalhem, assinem, desenhem, coloram! Há de valer à pena!!!! Já vale! É só olhar.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

domingo, 29 de novembro de 2009

terça-feira, 22 de setembro de 2009

domingo, 30 de agosto de 2009

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

a última foto


Duane Michals – última página do Photo Poche

terça-feira, 11 de agosto de 2009

a última página

“Perdoa-me, perdoa-me a falta de forças, o cansaço, os meus quarentas anos, a pouca esperança e a nenhuma alegria... perdoa-me, porque não regressarei sem ti ao inocente bosque da infância. E dentro de mim tudo voltará a acender-se como os ossos à noite, nos cemitérios de automóveis.

E no centro duro da cidade, um grito. Nele morrerei, escrevendo o que a vida me deixar. E sei que cada palavra escrita é um dardo envenenado, tem a dimensão de um túmulo, e todos os teus gestos são uma sinalização em direção à morte – embora seja absurdo morrer.

Mas hoje, ainda longe daquele grito, sento-me na fímbria do mar. Medito no meu regresso. Possuo para sempre tudo o que perdi. E uma abelha pousa no azul do lírio, e no cardo que sobreviveu à geada. Penso em ti. Bebo, fumo, mantenho-me atento, absorto – aqui sentado, junto à janela fechada. Ouço-te ciciar amo-te pela primeira vez, e na tênue luminosidade que se recolhe ao horizonte acaba o corpo. Recolho o mel, guardo a alegria e digo-te baixinho: Apaga as estrelas, vem dormir comigo no esplendor da noite do mundo que nos foge

Al Berto – última página de Lunário.


“Foi este modo de vida que me inutilizou. Sou um aleijado. Devo ter um coração miúdo, lacunas no cérebro, nervos diferentes dos nervos dos outros homens. E um nariz enorme, uma boca enorme, dedos enormes. [...]

Fecho os olhos, agito a cabeça para repelir a visão que me exibe essas deformidades monstruosas.

A vela está quase a extinguir-se.

Julgo que delirei e sonhei com atoleiros, rios cheios e uma figura de lobisomem.

Lá fora há uma treva dos diabos, um grande silêncio. Entretanto o luar entra por uma janela fechada e o nordeste furioso espalha folhas secas no chão.

É horrível! Se aparecesse alguém... Estão todos dormindo. [...]

E eu vou ficar aqui, às escuras, até não sei que hora, até que, morto de fadiga, encoste a cabeça à mesa e descanse uns minutos.”

Graciliano ramos – última página de S. Bernardo.

grafias

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

terça-feira, 4 de agosto de 2009

domingo, 2 de agosto de 2009

domingo, 26 de julho de 2009

sexta-feira, 24 de julho de 2009

quinta-feira, 23 de julho de 2009

terça-feira, 21 de julho de 2009

segunda-feira, 20 de julho de 2009

domingo, 19 de julho de 2009

sexta-feira, 17 de julho de 2009

quarta-feira, 15 de julho de 2009


algum lugar na Lituânia: "semeador de estrelas"

terça-feira, 14 de julho de 2009

segunda-feira, 13 de julho de 2009