segunda-feira, 30 de agosto de 2010

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

terça-feira, 17 de agosto de 2010

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Cripta

O Cineclube D.A. da Escola de Belas Artes convida para o filme *PIXO*,
documentário de João Wainer e Roberto Oliveira

A pixação está presente em todas as grandes capitais do Brasil e por mais que sejam muitas as especulações que se façam a seu respeito, elas em geral nos dão mais perguntas que respostas. Neste contexto, São Paulo enquanto a grande metrópole brasileira, parece emblemática ao mostrar a ineficácia da civilização em lidar com estes registros.
A pixação paulista se prolifera de forma estonteante - até mesmo para uma cidade acostumada ao consumo e descarte imediatos como rotina -, desafia a autoridade instituída e cria um"código fechado", hermético à linguagem do consumo - que parece ser então a linguagem das cidades.
O filme PIXO trata da questão a partir de dentro, buscando com os próprios pixadores os questionamentos que justifiquem suas ações, que façam compreender a lógica de sua rica tipografia marginal. Com imagens e depoimentos reveladores os protagonistas desta vertente ainda transgressora da chamada* street art *dizem a que veio - e pelo visto são muito mais complexos que o senso comum gosta de acreditar.

Contaremos ainda com a presença do ex-pixador *Djan*, da família CRIPTA, que participará de um bate-papo depois do filme.

*Quinta-feira, 12 de Agosto às 19 horas
Local: D.A. da Escola de Belas Artes, UFMG
Entrada gratuita*

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ignorância e controle

Mais uma vez, ainda a mesma coisa. Faz um bom tempo, enfatizamos a criminalização da pixação na cidade. Claro, e infelizmente, que não será feita distinção alguma entre quem pixa e quem grafita. (Não estou fazendo uma defesa da prisão de quem pixa, e não sei o que deve ser feito a esse respeito....) A fim de pensar nessas coisas, queria mencionar a questão da invisibilidade. Também um outro ponto que é o desenvolvimento de uma assinatura, de uma forma nova de dizer "eu". Para tantos escritores, teóricos, artistas, esse foi um aspecto essencial.
Desde que a atual administração de BH começou, curiosamente, tantas coisas me fazem lembrar da estética nazista. Curioso que, pra verticalizar, vender, demolir e render muita grana, toda a administração se dispõe. Prédios em lugar de casas, até tombadas. Vejamos onde isso para.
A versão de ataque ao patrimônio me intriga... Me intriga mais ainda um grafiteiro cujo trabalho adoro, que grafita o transitório, o arruinado, o lixo... Que farão com vc e com seu trabalho?! Vc, que, por si, representa uma incógnita.
Mais uma questão: as referências estão em crise, perdidas. Mas o controle excessivo, a assepsia, configuram uma solução para isso?
A assinatura de cada um, uma referência cada vez mais custosa, pelo visto. A discutir? Não por muita gente.
Não quero a assepsia da cidade. Cansou toda essa caretice e vontade de domínio.
Nessas horas, sinto falta dos centros das cidades do Nordeste. Abandono que abriga a expressão. Uma fresta sem domínio (que é como o pharmakon, com faces de remédio e veneno), sem controle, sem metas nazistas.
Um Banquete à la José Celso pra esse povo careta! Ai, ai! Bom dia!

domingo, 8 de agosto de 2010